sexta-feira, 6 de julho de 2012

A Origem do Espírito Santo nas Terras da Lagoa



De origem Portuguesa começou por volta de 1282, e é atribuída a Santa Isabel (Rainha de Portugal) a dama do milagre do Pão e Rosas, a festa do Divino Espírito Santo é celebrada em todo o mundo no dia de Pentecostes (50 dias após a Páscoa de acordo com o calendário romano), no entanto em Lagoinha devido à proximidade com as vizinhas São Luiz do Paraitinga e Cunha que também mantém esta tradição e outros fatores do passado a festa é celebrada no mês julho geralmente no 3º domingo, sua história está relacionada com a construção da Igreja Matriz e criação da Vila de Nossa Senhora da Conceição por volta de 1866 a 1880 quando foi Instituída a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Lagoinha na época pertencente à hoje centenária Diocese de Taubaté, as primeiras festas tinham apenas cunho religioso sendo que o único objetivo era evangelizar e abençoar as colheitas, no entanto com o passar dos anos em 1907, realizou-se a primeira festa com festeiro e grupo de foliões, que percorreram boa parte da zona rural e cidades vizinhas arrecadando donativos para a realização da festa.
No entanto em 1932, devido á Revolução Constitucionalista, a festa se restringiu novamente a novena, levando o povo a agradecer a Deus e a sua padroeira por não ter havido nenhuma batalha em terras Lagoinhenses (este é outro fato relevante que leva a crer na mudança da Festa para o mês de Julho). No entanto e 1937 com a chegada do Cônego Francisco Eloy de Almeida (Padre Chico), a festa volta a crescer e a cidade passa a ser reconhecida na região, graças á fé e a hospitalidade de seu povo que hoje é considerado mais Católico Apostólico Romano do Brasil (IBGE – 2005).
 


Merece destaque o senhor Francisco José dos Santos, popularmente conhecido como Chico Bento e sua esposa Maria Emenengilda dos Santos que junto com seus familiares realizaram a festa durante 25 anos entre 1973 a 1998. Hoje a festa do Divino em Lagoinha não só evangeliza como faz parte da cultura da região, como os Gigantões de Lagoinha João Paulino e Maria Angu, Congadas, Jongo, Catira, Sabão, Caranguejo, Brão, Cavalhada, Pau de sebo, Procissão do Mastro, Império e obviamente o tradicional afogado no dia da festa, que a cada ano atrai centenas de fieis que acreditam em curas e bênçãos através do Espírito de Deus que se manifesta na partilha do alimento que é o verdadeiro sentido de existência do Cristão.
Por Eduardo Cursino




segunda-feira, 5 de julho de 2010

Incansável Inspiração das terras onde descanso


Ao marcharem incansavelmente pelas terras e serras quem divisam os estados das Minas Gerais e São Paulo, as tropas seguiam levando a riqueza da colônia em direção aos portos de Paraty e Ubatuba, as tropas que levavam as riquezas dessa nação também deixaram ao longo das trilhas hoje denominadas Estrada Real, muitas histórias e ajudaram a criar varias vilas de pouso ou longo do percurso, que no passar do tempo tornaram – se reinados.
Assim continuo vagando pelas memórias e identidade cultural do Reino da Lagoa, mais conhecido como Lagoinha, pacata cidade banhada pela Bacia do Paraitinga, hoje com pouco mais de 4.500 habitantes, traz em seu registro histórico o nome de antiga vila de Nossa Senhora da Conceição de Lagoinha, e também antiga propriedade dos Antocas, família comprometida com a Fé e costumes Cristão Católicos que ao longo de suas vidas não mediram esforços em construíram uma capela devotada a Imaculada Conceição, que mais tarde emprestaria seu nome ao pequeno povoado que ali começava a nascer.

Nas paredes de taipa erguidas em dois períodos da história deste reino, muitas histórias ficaram guardadas, entre elas sonhos e realizações, que a cada pedaço das paredes erguidas se consolidavam como o símbolo do povo que as erguia.
Herança deixada e admirada como berço dos clãs atuais, onde famílias inteiras confirmaram sua fé ao longo dos anos, nas paredes desta magnífica construção datada do século XVIII, que nos dias atuais vem recebendo melhorias em seu interior, para ressaltar ainda mais sua beleza histórica e cultural.
O berço está cada vez mais belo, mas aqueles que lhes habitam precisam de uma restauração imediata, afinal para onde foram os costumes vividos pelos antigos, não falo da maneira que andavam, se vestiam ou festejavam, mas ressalto a ética, o comprometimento com a FAMÍLIA, os interesses nas coisas de Deus, o comprometimento com o bem estar da sociedade, embasados na justiça, fraternidade e humildade com os mais necessitado(não financeiramente).
Ao final me despeço das tropas que por aqui passaram e levaram com elas muitos valores que naquela época era necessários e admirados, hoje o que nos restou é pouco, das construções da época ficou a Matriz e algumas casas, dos costumes o povo inconsciente de seus atos continuam a destruir e abandonar as antigas tradições, que no passado era considerado pecado, hoje é luxo proporcionado pela modernidade.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A identidade prevalecera? Ou desaparecerá como suas obras?


Até a população de Lagoinha entender a grandeza dos pontos turísticos que a cidade dispunha para oferecer tudo já estará em ruínas ou nem mesmo existirão. É o caso dos casarões antigos da avenida major soares que cederam seus lugares a construções sem identidade e sem menor arquitetura, e as antigas casas da praça de exuberância pós-colonial, sem falar dos patrimônios ainda existentes e mal conservados, como a igreja matriz, a prefeitura, delegacia, casa do ex prefeito e o centro pastoral construções ainda do período dos pousos de tropas da antiga vila de nossa senhora da conceição de Lagoinha, e como se esquecer do campo santo com imagens de tamanho real e de expressões simples  esculpida com tamanha competência jamais vista em outras terras, uma obra que nos dias de hoje ainda se encontra vulgarmente alguns de seus vestígios como, a imagens de nossa senhora chorando localizada ainda nos dias de hoje no cruzeiro e parte do presépio e a imagem Jesus rezando na pedra antes de ser crucificado ambas as peças escondidas no centro pastoral. Realidade esta que se atribui a própria população que aos poucos foi se destruindo por motivos sem valor justo  com essa perdendo também a sua identidade, os vestígios dos tempos de gloria se é que este existiu, podendo encontrá-los nos filmes de Mazzarope, como as filmagens debaixo da que da d’água cachoeira grande, focalizando tanto este patrimônio que – se  esqueceram de outros bens que a cidade dispõem, como suas, diversidade de flora e fauna.
E agora num ultimo suspiro antes da  convalescência, Lagoinha tenta resgatar uma parte de sua identidade  corrompida cada vez mais com a chegada de invasores protestando terras alheias, mudando drasticamente a identidade de cidade mais católica do Brasil.


Artigos publicados no Jornal e também aqueles que ninguém nunca leu aguardem.